quinta-feira, 14 de julho de 2022

Mais 5 anos se passaram e hoje quero falar da Pucca

Mais 5 anos se passaram desde a última postagem, e acho que nunca citei a Pompom e a Pucca neste blog, 2 cadelinhas pequinês que eu e minha ex esposa adotamos ha muitos anos atrás. A Pompom era mais velha e faleceu ha cerca de 2 anos. Já a Pucca este ano completou 15 anos. Pois é, ela entrou pra familia lá por 2007, que casualmente foi quando fiz a primeira postagem desse blog, me acompanhou por 5 anos na minha antiga vida, depois quando me separei foi morar com minha irmã já que eu não tinha casa, situação que durou uns 2 anos, e desde então voltou a viver comigo na minha nova vida. Sim, ela é um ponto comum inacreditável entre as duas fases da minha vida e o apego que temos um pelo outro é imensurável. Frequentemente deixo de fazer coisas que deveria fazer pra ficar com ela, e vale citar, um dos programas favoritos dela é deitar do meu lado no sofá enquanto assisto uma netflix ou um youtube. Infelizmente nem sempre isso é possível. Neste exato momento, por exemplo, estou aqui escrevendo enquanto me preparo pra gravar mais um vídeo (falei q virei youtuber? hahaha vou falar sobre isso um dia), enquanto ela está meio tristonha deitada na cama dela, após tentar chamar minha atenção sem sucesso. E tá chovendo também, daí o dia vira um tédio pra ela e ela vira a criatura mais insatisfeita do mundo. Sim, ela está velhinha e isso me parte o coração. Acho tão injusto que em tão pouco tempo vejamos eles filhotes, depois adultos e depois velhinhos, enquanto pra nós poucos anos se passaram. Mas é o caminho das coisas. Ela está velhinha e cheia de manias, que eu e a patroa nos esforçamos ao máximo pra atender. E às vezes são bobagens, mas coisas importantíssimas pra ela como nos atrair até o portão pra pegar ela no colo e ela poder "ver" melhor as coisas na rua. E coloquei o "ver" entre aspas pois ela já está meio ceguinha. E meio surdinha também. E meio fraquinha também. Colocamos um degrau no sofá pra ela poder subir e descer com o mínimo de esforço, e sempre fica ali também um cobertor pra ela poder bagunçar e se aquecer. Fora isso, e fora o fato de não poder mais roer ossos ou comer comidinhas que ela gostava, ela está bem. Tem comido ração especial que custa uma fortuna mas eu queimaria meu dinheiro se pra economizar deixasse de prover isso pra ela e ela acabasse ficando doente ou coisa pior, então quanto a isso está tudo bem. Ainda corre pelo pátio, pede pra ir na beira da lagoa (da Conceição, que fica do outro lado da rua, em 2020 mudamos pra Floripa) muito embora a gente não leve ela lá sempre que ela pede, pois o trabalho tb exige de nós. Mas enfim, hoje é um momento especial. Ainda tenho a Pucca, tenho meus pais, que também estão velhinhos, meu filho que tá com 20 anos, fazendo faculdade e trabalhando, e uma vida que lutei muito pra conquistar. Mas sei que nada dura pra sempre e algum dia a Pucca não vai estar mais aqui pra mim, meus pais não vão estar mais aqui pra mim, e certamente algum dia eu também não vou mais estar aqui para meu filho. Talvez nem pra minha querida esposa, Thays. Mais uma vez, por mais que doa, é o caminho das coisas. E pra essa angústia que sinto e cresce demais toda vez que penso sobre isso, me volto pro título desde blog cuja origem explico lá no primeiro post e foi dito pela melhor psicóloga que já tive: um dia de cada vez.

Pucca em 2021, aqui em Floripa, em um dos seus programas favoritos: ficar deitada no sol.
Me sinto feliz por ter registrado o que eu senti nesta quinta feira aos meus 44 anos.