domingo, 14 de janeiro de 2024

Boa menina

Meu maior medo se tornou realidade. A Pucca nos deixou, e sim, foi terrivel como eu imaginava que seria, ou ate pior. Agora são 05:54 e estou na sala assistindo uma serie, acabei d comer um restinho de massa com carne que a Thays fez e que estava delicioso. Ai decidi vir aqui e ja chorei de novo lendo no meu post anterior que eu brigava com a Pucca quando ela vinha me chamar atenção e nao parava 5min pra olhar pra ela. Nossa, eu daria tudo pra ter só mais um dia com ela correndo e alegrando a casa como ela fazia, mas sei que não dá. E a saudade é enorme. Na verdade a Pucca nao morreu simplesmente, tivemos que eutanasiar ela pois ela ja estava totalmente desconectada, por assim dizer, e a Thays estava começando a ficar debilitada após 1 ano dormindo mal e dedicando uma parte cada vez maior do dia dela pra cuidar da Pucca, que praticamente ja nao tinha mais autonomia nenhuma. E isso tudo é muito triste porque apesar de ja nao nos reconhecer mais ela ainda tinha uma boa saude e volta e meia ainda corria pelo patio como sempre fazia quando estava feliz, e embora ela quase nao enxergasse mais e essas corridas cada vez mais frequentemente acabassem em acidente, ela corria, porque gostava. E sim, eu dediquei mais tempo a admirar ela enquanto pude, mas nao tanto quanto eu deveria, nao tanto quanto a Thays que foi o verdadeiro anjo na vida dela. Nos ultimos dias a Pucca praticamente nao dormia mais, passava as noites gemendo pela casa, pedindo por alguma coisa que talvez nem ela soubesse o que era. Antes era so deixar ela sair e ficar vendo TV ate ela voltar, dar uma comida e voltar andormir. Depois era preciso acompanhar ela na rua pois ela se prendia em lugares aleatorios, e depois nao havia o que fazer, ela simplesmente nao dormia mais. Eu conseguia dormir, mas a Thays nao. E ela segurou a barra por 1 ano, até que nao deu mais, e desabou. Conversei com o veterinario, com minha irmã, e entendemos que havia chegado o momento dela descansar. 1:15 da tarde foi a hora marcada. Ela estava dormindo na caminha dela e tivemos que acordá-la pra... nem consigo escrever. Eu sei que ela estava senil, ou totoquinha como costumávamos falar,mas ela tremia muito. Tenho certeza de que ela sabia o que estavamos fazendo, e por Deus, eu realmente espero que ela tenha nos perdoado. Fizemos questao de ficar com ela durante todo o processo. Primeira injeção e ela ficou lambendo minha mao ate dormir. Nossa, que dor eu sinto, mesmo sabendo que ela nao estava mais entendendo muito bem as coisas eu acho que naquele momento ela se confortou assim. Segunda injeção e não tinha mais como voltar. Ela descansou. Voltamos pra casa e desabamos. Hoje fazem 2 dias que ela nos deixou e ainda não sei como vou fazer pra me reerguer emocionalmente. Assisto os videos que fiz dela nos ultimos anos, lembro de como ela nos alegrava e percebo em desespero o vazio que ficou, sem saber o que fazer com ele. A época mais feliz da minha vida, que citei em um post anterior, acabou. A época em que eu tive tudo. Meus pais, minha irmã, meu filho, minha esposa, minha casa, meu trabalho, saúde, e a Pucca. Agora nao mais. A Pucca foi valente. Dei meu máximo, muito embora ela merecesse muito mais. Ela merecia duas Thays. Descanse em paz minha Puquinha. Boa menina.

sábado, 24 de junho de 2023

Melancolia 2023

Oi. Tava reparando aqui que o último post é de 2023, mas parece que foi semana passada. Nem lembrava do lance de cantarolar no banho, que bobagem. Mas reli o post e achei bastante autêntico e sincero, ao contrário das porcarias que eu escrevia lá nos posts mais antigos. Nossa, eu não conseguia ser sincero nem comigo mesmo em um blog que de qualquer forma ninguém vai ler mesmo. Anos e anos sendo quem eu não era, fingindo me importar com coisas que eu não me importava... John C. Dvorak... tão importante que eu nem lembrava dele. E o pior é que eu já sabia disso naquela época. Curioso é que ao voltar a escrever aqui eu passei a sentir um alívio por registrar um momento sublime, evanescente, que não vai mais ser perder. Mas além disso pude lembrar também da sensação de vazio que eu sentia toda vez que fazia isso naquela época. Com raras exceções. Mas enfim, hoje lá pela meia noite tava no tiktok e esbarrei em Desireless velhinha cantando a música dela à capela. Cabelinho branco, lembrei da mãe e já deu saudade. Que bom que hoje liguei pro pai e falei com eles. A mãe terminou a quimio e tá fazendo exames pra saber se vai precisar de radio tb. Espero que não. Já a Pucca ta bem. Agora são 3:32 e ela tá dormindo aqui do meu lado na caminha dela, e faço questão de fazer esses relatos. Por mais que me doa. No post de 14 de julho de 2022 ainda escrevi que fizemos um degrauzinho pra ela subir e descer do sofá, e que ela gostava de deitar do meu lado no sofá enquanto eu assistia Netflix... hoje não mais... que aperto no coração. Ela tá meio caduquinha, passa a maior parte do dia dormindo, se perde debaixo da mesa, se enrola pra comer, fica gemendo pela casa as vezes como se estivesse angustiada, e não curte mais ficar muito por perto. Também não vai mais até os fundos do terreno como fazia até recentemente, não sobe mais no sofá e nem deita mais na frente da porta pra curtir o solzinho, coisa que adorava fazer. Mas ainda se esforça pra interagir com a gente, como está quase sem visão ela tenta enxergar nossa sombra e as vezes até faz umas gracinhas pra demonstrar que está feliz, correndo pela casa ou pelo pátio. Acho que com isso ela demonstra ainda nos reconhecer e gostar de nós mas a cada sinal que ela dá de que aos p poucos sua alminha está se distanciando eu sinto uma tristeza sem tamanho. E quando tomo consciência de que divinamente ela ainda consegue vir correndo até o estúdio para me chamar pra qualquer coisa que seja, e eu não ou atenção, ou absurdo, brigo com ela porque estou ocupado. Quando tomo consciência de que cada dia tem 24h e não paro para ver ela por 5min passeando pelo pátio nos cada vez mais raros momentos em que ela tá acordada... isso me apodrece a alma. Isso eu vou mudar. Acho que focalizo isso tudo nela pois se tivesse que lidar com uma carga tão grande de sentimentos em relação aos meus pais, ao meu filho, à minha irmã, e à Thays, eu desabaria. E por último, esses dias tive a ideia de ver fotos antigas da casa do 5 Colônias no Google Maps e já bateu forte a melancolia. Inclusive tava tentando lembrar dessa palavra há pouco e vou aproveitar que lembrei e colocar ela no título do post. . O ponto é que deu saudade, não sei se do lugar ou da época, ou de não estar mais convivendo e participando dos churrascos de domingo daquela casa com a família reunida, que é algo que me vai longe na memória, como se fosse algo da minha infância, mas que incrivelmente ainda está lá, com meu pai, mãe, mana, meu filho... só não estou eu. Nem sei se meu pai ainda tem saúde pra fazer o churrasco, olha que cretino que sou... Em minha defesa, a parte financeira tem preocupado. A coisa tá tipo matar 1 leão por semana, muito trabalho, muita rotina, muita incerteza. Medo de gastar indo até lá um dinheiro que vai faltar mais adiante. Meio que uma sensação de fracasso e desamparo, sei lá. Me sinto como se eu estivesse sozinho em uma noite fria e chuvosa apenas com um cobertor, numa casinha de madeira, tipo a dos meus avós, só que sem eles e nem ninguém. Não admira sentir falta do conforto da família materna e de me apoiar tanto na Pucca. Mas sobre o trabalho vou falar mais a fundo em breve. Gosto do que faço mas talvez ainda de falte um pouco de sinceridade comigo mesmo. Até

quarta-feira, 5 de outubro de 2022

O tempo tá passando rápido demais

Oi. Sou eu de novo. Hoje durante o banho eu comecei a cantarolar e lembrar de algumas músicas gaudérias, E isso me lembrou da vida lá no pago. Não sinto vontade de voltar a morar lá, mas me remeteu aos velhos tempos de criança, do convívio com a família, e de uma vida mais simples quando eu era criança e não existia em mim o medo da perda. Hoje isso é basicamente o que eu sinto de mais forte. Angústia pois sei que a Pucca não vai durar pra sempre, que meus pais não vão durar pra sempre, nem minha irmã, e nem a vida que eu tenho hoje. Sei que em grande parte é ansiedade. medo de envelhecer e sentir saudade de coisas que já se foram há muito tempo. Medo de estar vivendo a melhor época da minha vida e estar ocupado demais trabalhando, gastando errado o meu agora. Angústia por não saber se vou ir antes ou depois da minha esposa, se vou ir antes ou depois da minha irmã, Vontade de estar em dois lugares ao mesmo tempo. De ficar em casa no domingo, relaxando na cama com a alma mansa, mas também de viajar. Vontade de parar o tempo até botar a cabeça no lugar e conseguir elaborar melhor esses sentimentos. Não sei se tenho estrutura para envelhecer e perder. Acho que está na hora de voltar no psicólogo. Quando eu ficar velho, velho casarão Volto pra contigo tombar no chão Da velha figueira quero meu caixão E pra minha alma o céu por esmola

quinta-feira, 14 de julho de 2022

Mais 5 anos se passaram e hoje quero falar da Pucca

Mais 5 anos se passaram desde a última postagem, e acho que nunca citei a Pompom e a Pucca neste blog, 2 cadelinhas pequinês que eu e minha ex esposa adotamos ha muitos anos atrás. A Pompom era mais velha e faleceu ha cerca de 2 anos. Já a Pucca este ano completou 15 anos. Pois é, ela entrou pra familia lá por 2007, que casualmente foi quando fiz a primeira postagem desse blog, me acompanhou por 5 anos na minha antiga vida, depois quando me separei foi morar com minha irmã já que eu não tinha casa, situação que durou uns 2 anos, e desde então voltou a viver comigo na minha nova vida. Sim, ela é um ponto comum inacreditável entre as duas fases da minha vida e o apego que temos um pelo outro é imensurável. Frequentemente deixo de fazer coisas que deveria fazer pra ficar com ela, e vale citar, um dos programas favoritos dela é deitar do meu lado no sofá enquanto assisto uma netflix ou um youtube. Infelizmente nem sempre isso é possível. Neste exato momento, por exemplo, estou aqui escrevendo enquanto me preparo pra gravar mais um vídeo (falei q virei youtuber? hahaha vou falar sobre isso um dia), enquanto ela está meio tristonha deitada na cama dela, após tentar chamar minha atenção sem sucesso. E tá chovendo também, daí o dia vira um tédio pra ela e ela vira a criatura mais insatisfeita do mundo. Sim, ela está velhinha e isso me parte o coração. Acho tão injusto que em tão pouco tempo vejamos eles filhotes, depois adultos e depois velhinhos, enquanto pra nós poucos anos se passaram. Mas é o caminho das coisas. Ela está velhinha e cheia de manias, que eu e a patroa nos esforçamos ao máximo pra atender. E às vezes são bobagens, mas coisas importantíssimas pra ela como nos atrair até o portão pra pegar ela no colo e ela poder "ver" melhor as coisas na rua. E coloquei o "ver" entre aspas pois ela já está meio ceguinha. E meio surdinha também. E meio fraquinha também. Colocamos um degrau no sofá pra ela poder subir e descer com o mínimo de esforço, e sempre fica ali também um cobertor pra ela poder bagunçar e se aquecer. Fora isso, e fora o fato de não poder mais roer ossos ou comer comidinhas que ela gostava, ela está bem. Tem comido ração especial que custa uma fortuna mas eu queimaria meu dinheiro se pra economizar deixasse de prover isso pra ela e ela acabasse ficando doente ou coisa pior, então quanto a isso está tudo bem. Ainda corre pelo pátio, pede pra ir na beira da lagoa (da Conceição, que fica do outro lado da rua, em 2020 mudamos pra Floripa) muito embora a gente não leve ela lá sempre que ela pede, pois o trabalho tb exige de nós. Mas enfim, hoje é um momento especial. Ainda tenho a Pucca, tenho meus pais, que também estão velhinhos, meu filho que tá com 20 anos, fazendo faculdade e trabalhando, e uma vida que lutei muito pra conquistar. Mas sei que nada dura pra sempre e algum dia a Pucca não vai estar mais aqui pra mim, meus pais não vão estar mais aqui pra mim, e certamente algum dia eu também não vou mais estar aqui para meu filho. Talvez nem pra minha querida esposa, Thays. Mais uma vez, por mais que doa, é o caminho das coisas. E pra essa angústia que sinto e cresce demais toda vez que penso sobre isso, me volto pro título desde blog cuja origem explico lá no primeiro post e foi dito pela melhor psicóloga que já tive: um dia de cada vez.

Pucca em 2021, aqui em Floripa, em um dos seus programas favoritos: ficar deitada no sol.
Me sinto feliz por ter registrado o que eu senti nesta quinta feira aos meus 44 anos.

terça-feira, 14 de novembro de 2017

A mudança aconteceu

Este não é um post definitivo, mas a mudança aconteceu. Não foi fácil, não está completa, mas sei que o pior já passou. Quanto tempo desde o último post? Esqueci de ver, mas muitos anos.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

O que fazer da vida?

Às vezes parece que o ópio do cotidiano dá uma aliviada e eu consigo distinguir quem sou de quem eu gostaria de ser. Parece que para cada ímpeto de mudança e sentimento de liberdade que nutrimos existe um roteiro de horror e arrependimento pronto para nos fazer recuar rumo à nossa vidinha de sempre.

Se resolvo saltar de para-quedas, alguém me diz que eu deveria pegar esse dinheiro e investir no futuro. Ou então me lembram que não deveria me arriscar inutilmente pois tenho um filho que sentiria minha falta se algo me acontecesse.

Se penso em viajar sozinho, sou egoista, pois se amo minha familia por que haveria de querer esse tipo de coisa? Quer dizer então que para continuar sendo pai e marido não posso realizar o sonho de atravessar a Europa de trem, sozinho? E ai de mim se disser que é um preço alto. Daí serei injusto.

Sou também impulsivo. Quando solteiro acordava na sexta-feira com vontade de visitar Santa Catarina e já ia pro trabalho com a barraca no porta-malas. Isso está em mim, mas ha tempos é reprimido.

Ha anos atrás tive a oportunidade de experimentar a essência de tudo aquilo que almejo hoje. Na época foi como saltar de um avião sem para-quedas. Eu não tinha nada a fazer a não ser contemplar o chão se aproximando e esperar pela hora de me esborrachar no chão. Hoje eu simplesmente teria colocado o para-quedas. O vôo teria durado mais, teria sido mais agradável e, com um pouco de habilidade, ninguém teria se machucado. Mas doeu. Foi um presente. Um presente dolorido.

Nos últimos 10 anos, no entanto, tenho seguido um padrão de conduta bastante conservador. Tenho esposa, filho, cachorro e porquinho da índia. Trabalho de segunda a sexta em torno de 8h por dia. Tenho um hobby, o qual compete com minha familia pela minha atenção e vez por outra saio com amigos para tomar uma cervejinha.

Eu não acredito em certo e errado. Pauto meus desejos naquilo que considero melhor para mim, mas meus desejos não costumam acompanhar minha realidade. Esse distanciamento entre o que sou e o que gostaria de ser, o que faço e o que gostaria de fazer, cresce, mão não rumo ao infinito. É uma parábola.

Eu já fui aquilo que gostaria de ser. Autêntico. Parte disso me foi tirado pelas minhas próprias escolhas. Sinto que está estabilizando, e o próximo movimento será de nova aproximação entre aquilo que sou e o que quero ser. E aí tudo será melhor. Será um sonho?

sexta-feira, 7 de março de 2008

Stress?

E eu vivo cercado por 4 paredes de concreto aonde quer que eu vá... :-/


quinta-feira, 6 de março de 2008

Sabe esses dias em que horas dizem nada?

Meus fins de tarde têm sido meio parecidos com a letra da música do Biquini Cavadão. Só que não é uma monotonia por não ter o que fazer, mas por não ter algo que eu queira fazer.
Vamos lá. Das 8h às 10h eu atualizo o F1BR, das 10h às 12h e mais um pedaço da tarde eu atendo meus clientes, e quando chega às 17h eu não consigo fazer mais nada. Até teria coisas para fazer, nem que fosse adiantar o que está no prazo, mas não dá. Talvez eu esteja precisando de uma vitamina para recuperar as energias. Ou de uns 30 dias de férias :-)

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Surfando a mil

Eis que hoje me dei conta de que, apesar de até ter conseguido pegar um bronze neste verão, eu na verdade não passo de um nerd louco. Por que? Vamos às contas: eu tenho 3 websites, 2 blogs, 4 comunidades no Orkut, 1 no MySpace e 1 no Facebook. Isso sem contar o site e o blog do meu filho de 6 anos que evidentemente fui eu que fiz também. E para não acharem que eu to mentindo, seguem as provas:

Sites:
http://www.garagemstudio.com.br/
http://www.f1br.com.br/
http://www.f1catalog.com/

Orkut
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=65629
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=44882018
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=23613046
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=2132474

MySpace
http://groups.myspace.com/f1br

FaceBook
http://www.facebook.com/group.php?gid=9131767333

Blogs
http://uddcv.blogspot.com/
http://jvca.blogspot.com/

Olha, e isso obviamente sem contar os trabalhos feitos para clientes, que somam outros tantos, muitos dos quais eu não teria permissão para divulgar aqui. Mas voltando ao meu pequeno império, por incrível que pareça eu ainda me dou o trabalho de cadastrar sitemap no Google, instalar Google Analytics e Google Adsense nisso tudo.

Cada um tem a sua diversão, mas ainda acho que preciso de uma TV maior...

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Eu sou a lenda

Devo estar ficando velho e ranzinza, mas ando implicando muito com os novos filmes lançados no cinema. Primeiro foi AvP2 que na minha opinião é uma perda de tempo total, e agora temos "Eu sou a Lenda" com o Will Smith. Aliás, 90% do tempo é só o Will Smith, cuja grandeza destoa completamente dos demais atores, ou seriam figurantes? Mas enfim, entre devaneios, surtos e lutas do nosso herói o filme se desenrola sobre um tema bastante interessante: alguns anos mais pra frente uma pesquisadora consegue encontrar a cura para o câncer através da modificação genética do virus do sarampo, mas depois de algum tempo surge um efeito secundário devastador.
.
O filme em sí é emocionante, uma mistura de Resident Evil com Uma Noite Alucinante, mas se no Alien vs. Predador 2 ficamos o filme todo com aquela sensação de que "daqui a pouco tem que melhorar", aqui é o contrário. Durante todo o filme ficamos presos ao que ocorre na tela, só que no final a decepção é a bola da vez. Sim senhores, mais uma vez um bom enredo é destruído nos 45 do segundo tempo. Eu realmente não sei se falta tempo e acabam resumindo a história ou se eles se perdem na trama mesmo. Seja como for, taí um filme divertido para quem tem nervos de aço. Apenas não alimentem muitas esperanças sobre os finalmentes. ;-)

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Blogs sobre como ganhar dinheiro com blogs

Eu comecei minha vida on-line lá por 1998 e de lá pra cá tenho acompanhado de forma mais ou menos próxima tudo o que as pessoas têm inventado para tentar faturar algum na rede. Foram os sites pagos, comunidades virtuais, venda direta de banners, a lista é enorme. Agora a nova onda da gurizada é ser pro-blogger. Que que é isso? É o sujeito que se dedica a gerar conteúdo para tornar seu blog bem popular e atrair o máximo de visitantes que puder. Mas essa é a parte fácil. Difícil é fazer com que eles cliquem em seus links patrocinados para assim, de centavo em centavo, irem enchendo a guaiaca.



Numa situação padrão, ou seja, recebendo algumas dezenas de visitas por dia, não vejo como alguém pode ter algum retorno significativo por seus esforços. E olha que hoje em dia atrair algumas dezenas de visitantes únicos por dia para um blog já é muito mais do que a grande maioria consegue. Ocorre porém que alguns poucos pro-bloggers acabam conseguindo a notoriedade necessária para faturar algo entre os três e os quatro dígitos por mês. Sim, acredite, isso é possível. Agora o que realmente me intriga é que grande parte desses blogs rentáveis compartilham a arte de ganhar dinheiro com blogs como assunto favorito e onipresente. É algo como lançar uma revista que trata de como se ganhar dinheiro lançando revistas. Vai entender...



"Blogs que falam sobre como ganhar dinheiro com blogs são a leitura favorita das pessoas que querem lançar seu próprio blog sobre como ganhar dinheiro com blogs."



Mas não sou cético, a idéia funciona. As pessoas acabam indo a estes sites da mesma forma que compram livros do Roberto Trevisan e do Robert Kiyosaky. Não sei exatamente como uma equação dessas se resolve, mas tenho pensado seriamente em montar um blog com fins lucrativos. Só não escolhi o tema pois, estatisticamente falando, a probabilidade de eu ganhar dinheiro com um blog que não fale sobre como ganhar dinheiro com um blog é bem remota. Uma hora dessas tem que pintar uma luz...

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Novo portal de buscas regionalizado

E este é o assunto do primeiro e-mail que recebi hoje. Ao que me parece, sempre existirão interessados em receitas batidas. Mesmo que seja unicamente o próprio dono.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Aliens vs. Predador 2

No espaço ninguém pode ouvir seus gritos. Na terra, sim.

E devem ser gritos de frustração. Eu sou sabidamente imune a filmes de ficção ruins de qualquer espécie, e sempre me considerei inútil como crítico desses filmes pois em geral não consigo entender por que, por piores que sejam, eles são criticados de forma tão negativa. Afinal o que importa é a diversão.

Aliens vs. Predador 2 vem para lavar minha alma, e finalmente posso dizer que achei um filme de ficção do qual posso falar mal. Eu já tinha visto outros que não me emocionaram tanto como por exemplo A Guerra dos Mundos com o Tom Cruise, muito menos interessante que o original de 1953, mas AVP2 conseguiu acabar com meu humor em plena sala de cinema.

Vocês devem ter percebido que gastei aproximadamente um terço deste texto fazendo conjecturas que nada agregam ao assunto tratado, e é mais ou menos isso o que ocorre no filme. Os produtores, uns tais de Strause Brothers, conseguem gastar o maior tempão caracterizando diversos personagens que não contribuem em nada para o enredo do filme. Tal caracterização é tão superficial que tu não consegue te envolver com a história de nenhum deles e ainda fica entediado com a total perda de tempo. O que importa, por exemplo, a relação entre uma menina e sua mãe ausente ou o romance do entregador de pizza pela vagabunda mor da faculdade? Nada! Não é usado para absolutamente nada pelo resto do filme. Outra coisa que não ajuda e que pude perceber - apesar de não ser nenhum grande conhecedor do assunto - é a fotografia demasiadamente escura e sem definição, que impede que se concretize uma das maiores espectativas dos fans da franquia, que é justamente ver em detalhes como ficou a criatura híbrida entre aliens e predadores.

Outro aspecto sempre muito valorizado nos outros filmes, a incubação dos humanos e o nascimento dos aliens, foi completamente descaracterizado nesta sequência, tornando-se um detalhe sem qualquer relevância. Muita enrolação e pouca criatividade depois com cenas completamente surpreendentes com humanos correndo e sendo usados como hospedeiros, aliens levando tiros e o predador matando bichos que não acabam mais, chegamos ao pouco inspirado climax (?) do enredo com o embate final entre o predador e o "predalien" onde ninguém ganha de ninguém e a coisa se resolve do jeito mais besta que ja vi. O tipo da coisa que vemos e pensamos "Eu não acredito que fizeram isso". Querem saber o que acontece? Então vão ver o filme. :-)

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Mussum no bar

Essa é do tempo que os trapalhões tinham graça. Muito bom!

domingo, 30 de dezembro de 2007

Celular novo

Eu não nego que a tecnofilia é um dos meus defeitos, e ontem comprei um novo celular. De fato, estou ha uns 6 meses à procura de um substituto para meu Motorola Q, que apesar de possuir inúmeros recursos, tem também inúmeros defeitos, tais como:
- Baixa qualidade de fotos e vídeos;
- A câmera trava quando quer, fazendo com que bons momentos fiquem só na memória mesmo;
- A bateria dura muito pouco apesar de ser de 1100maH. Cheguei a cogitar a compra de uma de 3200maH, mas com os custos de importação achei que não valeria à pena;
- Vem com Windows Mobile 5.0, já defasado, e com inúmeros recursos a menos que seu sucessor;
- Apesar de ter suporte a 3G, o serviço da VIVO deixa muito a desejar ainda, transformando o que seria uma vantagem em um motivo de frustração;



Antes



Depois

Já o U106 é despretencioso e tem dois grandes adjetivos que me conquistaram: 5mm de espessura e câmera de 3.2 mega pixels. Só isso? É. Ao menos não se espera mais do que isso dele né? Errado. Depois de comprá-lo descobri alguns extras:
- O aparelho vem com Bluetooth para fones e comunicação de dados
- Vem com cabo para lligar na TV igual às filmadoras (dá para reproduzir fotos, filmes ou exibir na tela o que a câmera está captando);
- A qualidade das fotos é muito boa. Imprimi uma com papel fotográfico e ficou muito acima das minhas espectativas;
- Java
- Tem um menu de navegação excelente;
- É inteligente, eu posso configurá-lo por exemplo para acionar as luzes do teclado apenas após as 17h por exemplo;
- E o cúmulo do inusitado: a bateria tem uma duração mais do que satisfatória para um aparelho destas dimensões.

Sei lá, pode ser a alegria do momento, mas os únicos defeitos que encontrei nele são o fato de não ser possível expandir os 70Mb de memória interna (ao menos vem com 70Mb né) e não poder ser utilizado como dispositivo de armazenamento de dados.

Tá dada a dica :-)

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Post pseudo-deprê

Eu gosto muito de filosofia e valorizo bastante certos pensamentos já testados e aprovados. Um dos que mais gosto é o seguinte: "A vida é dura para quem é mole". Gosto de pensar nela como uma máxima, algo aonde elevar o pensamento no dia a dia, que em geral possui uma carga moderada de desafios. Mas e quando essa carga de desafios estrapola? Naqueles dias em que tudo fica inexplicávelmente mais difícil? Nessas horas gosto do ponto de vista de alguns compositores, que parecem encarar momentos de crise com mais sensibilidade do que austeridade. E quando estamos fragilizados, austeridade demais assusta e desmotiva. Mas tem que partir de dentro, tem que haver uma percepção pessoal de que o mundo não vai acabar se falharmos, mas que o bom seria vencer. Existem nesta linha diversas músicas que gosto de cantarolar quando a coisa encrespa:

"In every life we have some trouble, but when you worry you make it double. Don`t worry, be happy".

É bom pensar que no final das contas os problemas são apenas isso, problemas. E existem coisas mais importantes do que eles. De qualquer forma espero que esse dia acabe bem!

domingo, 15 de julho de 2007

Como resolver uns probleminhas financeiros aqui de casa

Sugestão da minha esposa para resolver uns probleminhas financeiros aqui de casa: "-Aumente seu pró labore!" Achei fantástico! Se o governo pode continuar aumentando seus gastos indefinidamente, creio que eu também posso. Amanhã mesmo vou anunciar o reajuste do contrato de manutenção para todos os clientes.

domingo, 17 de junho de 2007

Cibervida

Domingo inútil. Não tive coragem de adiantar um pouco alguns projetos e nem ânimo de sair para passear, o máximo que fiz foi jogar um pouco de PS2 com o filhote. Mas agora à pouco ao menos dei umas risadas lendo um artigo do mestre sobre processadores multi-núcleo: "...Para os fãs de mundos virtuais como Second Life: você poderia dedicar um núcleo ao seu avatar tridimensional. É claro, na maior parte do tempo ele ficaria parado em estado vegetativo - mais ou menos o que você faz quando usa Second Life..."

O John está ficando velho, isso é fato, e fica evidente neste artigo, onde ele detona toda e qualquer iniciativa social do ciberespaço. Ele detonou tudo, inclusive o Second Life, mas como o Second Life é a bola da vez, enquanto uns estão enchendo os bolsos de dinheiro ou simplesmente se divertindo, muitos "formadores de opinião" não param de detoná-lo. Mas como o mestre é diferenciado, ele também detona o Twitter! Seria algo como falar mal do Google quando ele era apenas um buscador e todos estavam arrecém falando mal da Microsoft ainda... É, o mestre é uma pessoa alguns meses a frente de seu tempo...

Mais do que em qualquer outra área, em matéria de tecnologia quem tenta seguir tendências ou ficar na "crista da onda" acaba ou pegando nojo da coisa ou ficando louco. A única forma de passar ileso é optar por apenas usufruir do que tem aí, sem preconceitos. Orkut, YouTube, Second Life, Twitter, MySpace, Joost, etc... não esqueçam que antes de mais nada todos esses serviços são baseados em um propósito, ser útil e divertido, seja para o que for.

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Embalagem x Grife x Conteúdo

Eu sempre gostei da idéia de que as novas empresas deveriam aproveitar o momento para tornar seus ambientes mais informais. Deixar o terno e gravata de lado e deixar seus funcionários chegarem pela manhã de calça de moleton e camiseta. Na pior das hipóteses os funcionários vão trabalhar uns 10 minutos a mais pois não terão que trocar de roupa antes de irem para a academia. Isso obviamente não tem nada a ver com ir trabalhar parecendo um mendigo, não é isso que eu quero dizer, apenas acho que neste caso o que importa é a produção e não a imagem.

Dentro desta relação entre Embalagem x Grife x Conteúdo temos alguns casos interessantes.

Existe aquele exemplo famoso do frasco de perfume que tu compra pela internet sem ao menos experimentar o aroma apenas por saber que aquela marca sempre faz perfumes muito bons. É a grife mandando.

Outra possibilidade é aquele sistema de software que não faz metade do que promete, mas a interface é a coisa mais linda de se ver, cheia de efeitos, gráficos, scriptaculous e tudo mais. Tu vai ao evento e vê ele no estande da empresa através de folders coloridos mostrando as telas (metade vindas diretamente do photoshop) e acaba comprando. É o caso em que a embalagem fala mais alto. O famoso rostinho bonito.

Escolhi este como o comentário inútil do dia pois enquanto lia na INFO Exame a coluna do John C. Dvorak tive a idéia de procurar o site oficial dele. É inacreditável! Meu cachorro que ainda nem aprendeu XHTML direito faria um site melhor. Se eu não conhecesse ele não esperaria nem pela segunda péssima impressão. Os visitantes dele são redirecionados para um blog. São 3 colunas. 196pixels ficam para o Google Adsense, 175px ficam para a coluna da direita que tem calendário de acesso às publicações anteriores, um sistema de enquetes e uma inusitada linguiça de notícias do Herald Tribune. A área de conteúdo fica com os 417px restantes -muito bem aproveitados, é verdade, já que não existem nem margens entre os elementos (textos e imagens) e as bordas de tabela descaradamente visíveis.

Poxa John, eu sei que tu é um tecnófilo, e deves ter orgulho de fazer o HTML do teu próprio site, mas caramba, se não sabe, não faz!!!! Tu por acaso faz as roupas que tu veste? O cartão de visitas que tu distribui? A casa que tu mora? Certamente não pois tu terias vergonha de morar vestir e te apresentar, não é mesmo. Então? Não tens vergonha de ter um site desses? (até parece que ele lê esse blog)

Este foi o terceiro e último exemplo deste post. O caso em que o que vende é o conteúdo. Mas a embalagem precisava ser assim tão ruinzinha?

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Música

Eu sou um apaixonado por música, e uma em especial me veio hoje à cabeça e tem tudo a ver com este blog.

"Nada do que foi será
de novo do jeito que já foi um dia.
Tudo passa, tudo sempre passará.
A vida vem em ondas como o mar.
Num indo e vindo infinito."

A vida nada mais é que uma sucessão de escolhas, estamos o tempo todo abrindo mão de algo em prol do que queremos, ou ao menos achamos que queremos, e assim vamos vivendo e modificando nossa vida ao longo do tempo. Me lembrei disso hoje pois estava procurando programas para o meu smartphone e sem querer achei um programinha de IRC. IRC para quem não sabe, é o precurssor dos atuais chats e era muito popular ha uns 10 anos atrás. Durante alguns anos eu administrei o maior servidor deste tipo aqui no RS, que era o do VIA RS. Aliás, para muita gente, VIA RS não era um provedor, era um servidor de IRC. O pessoal assinava provimento com a Hotnet (que tinha horas ilimitadas) para acessar o VIA RS. Fazia tempo que eu não tomava conhecimento disso e achei que tinha morrido... até instalar o tal do programinha no meu telefone e acessar o servidor que um amigo havia recomendado ha umas semanas atrás. Enquanto fuçava no programinha vi que no "topic" de um dos "canais" havia uma URL que falava de um movimento pela volta dos IRContros. Entrei e como sempre fiz, fui direto na seção de fotos.

Comprovei então que a vida de fato vem em ondas, e a mesma onda que passou pela minha geração está agora passando por esta. Fiquei feliz em ver uma gurizada nova fazendo o que eu e meus amigos fazíamos ha tantos anos atrás. Nós varávamos a madrugada em boates ou na casa de alguém, bebíamos pra caramba, era gatinha fazendo estilo pra gatinho, gatinho agarrando gatinha, panelinhas, brigas, viagens e tudo mais que nossas rasas carteiras conseguiam bancar.

Para pouquíssimas coisas eu, no auge dos meus 29 anos recém comemorados, posso me considerar integrante da "velha guarda", mas neste caso, assim me considero, já que não teve antes de mim nenhuma outra geração de IRCnautas. Assim sendo, para nós da velha guarda, e a despeito do que muitos insistem em não enxergar, esta onda já passou, estamos curtindo outras que estão passando por nós agora e vamos curtir as que ainda estão por vir. O que importa é termos tido a sorte de ter passado nossa adolecência em um momento de tantas novidades como foram os anos 90. Espero que essa gurizada nova saiba aproveitar tão bem esta fase quanto nós.